O município de Niterói vive atualmente a maior transformação urbanística desde a década de 1970, quando o Aterro da Praia Grande alterou profundamente a paisagem da cidade. Com investimentos superiores a R$ 1 bilhão por parte da Prefeitura e parcerias com os governos estadual, federal e a iniciativa privada, o Centro tornou-se o principal polo de novos empreendimentos imobiliários, com milhares de unidades sendo comercializadas ainda na planta — um forte indicativo do interesse do mercado no projeto de revitalização em curso.
O plano da Prefeitura prevê uma série de intervenções estratégicas para reposicionar o Centro como um bairro residencial vibrante, reduzindo os deslocamentos diários e promovendo qualidade de vida. Entre os destaques estão a construção de um parque poliesportivo, uma marina, um centro de convenções, além de obras de retrofit em fachadas e ações de preservação do patrimônio histórico e cultural. Atualmente, a região concentra 50% dos empregos formais da cidade, mas apenas 5% das moradias — um desequilíbrio que o projeto busca corrigir.
Para viabilizar os investimentos, a Prefeitura criou um fundo imobiliário de mais de R$ 400 milhões, formado por recursos dos royalties do petróleo. Segundo o prefeito Rodrigo Neves, a iniciativa é resultado de um amplo planejamento que integra moradia, mobilidade, segurança, comércio, serviços e lazer. Já foram entregues obras importantes, como a reurbanização da Avenida Visconde do Rio Branco e o Programa Aluguel Universitário, e novos projetos estão a caminho, incluindo o Distrito de Inovação Tecnológica e o NAV, voltado ao fomento do audiovisual.
O movimento de revitalização do Centro de Niterói segue tendência semelhante à do “Reviver Centro”, implantado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, que combina incentivos fiscais à moradia com a requalificação de espaços culturais e melhorias urbanas. A diferença é que, em Niterói, o foco está na permanência das pessoas, criando um ecossistema urbano completo e sustentável para os próximos 50 anos.
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Niterói vive a maior transformação urbanística dos últimos 50 anos